A Távola Redonda! Um Mergulho na História e no Simbolismo da Arte Anglosaxã Através do Mestre Quemby

Em meio aos mistérios que envolvem a arte anglo-saxônica do século V, surge um nome peculiar: Quemby. Infelizmente, sabemos muito pouco sobre este artista anônimo, mas suas obras, embora esfrágnidas pelo tempo, sussurram histórias fascinantes sobre a vida, as crenças e a estética deste período histórico crucial. Uma das peças mais intrigantes atribuídas a Quemby é “A Távola Redonda”, um objeto que transcende sua função utilitária e se transforma em um portal para o imaginário medieval.

“A Távola Redonda” não é uma mesa real no sentido tradicional, mas sim uma placa de madeira oval esculpida com meticulosidade. A madeira utilizada, provavelmente carvalho ou bétula, exibe marcas de desgaste e rachaduras que atestam sua longa jornada através dos séculos. O centro da placa apresenta um círculo perfeito, simbolizando a unidade e a igualdade entre os participantes das reuniões lendárias, possivelmente nas cortes reais.

Ao redor deste círculo central, Quemby esculpiu uma série de figuras estilizadas que representam cavaleiros, guerreiros e figuras mitológicas. As poses são dinâmicas, transmitindo uma sensação de movimento e energia, mesmo em meio à rigidez da madeira. Os rostos, embora simplificados, revelam expressões marcantes: coragem, determinação, até mesmo um toque de mistério.

A Távola Redonda é rica em simbolismo. O círculo central pode representar a ordem cósmica, a harmonia entre os elementos e o poder da comunidade. Os guerreiros esculpidos ao redor, por sua vez, podem simbolizar a lealdade, a bravura e o compromisso com o rei.

Uma análise minuciosa das figuras revelam detalhes fascinantes:

Figura	Descrição	Interpretação
Cavaleiro com capacete emplumado	Espada na mão direita, escudo redondo na esquerda	Representa o guerreiro ideal, pronto para a batalha, defensor da justiça e lealdade.
Guerreiro com armadura de escamas	Lança em punho, expressão feroz	Poderío militar, força bruta, determinação em superar os desafios.
Figura enigmática com cabeça de lobo	Olhar penetrante, corpo humano	Conexão com o mundo animal, a natureza selvagem e a sabedoria ancestral. Pode representar um guia espiritual ou protetor da comunidade.

A técnica utilizada por Quemby demonstra uma habilidade excepcional em trabalhar com a madeira. Os contornos são bem definidos, as proporções das figuras estão equilibradas e os detalhes, embora simples, são cuidadosamente esculpidos. A superfície lisa da Távola Redonda sugere que ela foi polida cuidadosamente após o processo de escultura, dando-lhe um aspecto elegante e sofisticado.

A Távola Redonda é mais do que um mero artefato arqueológico; é uma janela para a alma da cultura anglo-saxã do século V. Através dela, podemos vislumbrar os valores, as crenças e a estética deste povo guerreiro e devoto. A peça nos convida a refletir sobre temas universais como a busca pela justiça, a lealdade à comunidade e a relação entre o homem e a natureza.

E, por fim, Quemby, apesar de seu anonimato, deixou uma marca duradoura na história da arte anglo-saxônica. Sua “Távola Redonda” nos lembra que a verdadeira genialidade transcende nomes e datas, perpetuando-se através das gerações em forma de obras atemporais.

Que outras maravilhas estão escondidas nas brumas do passado, esperando para serem descobertas?

A Távola Redonda nos desafia a continuar explorando as camadas da história e a buscar respostas para os enigmas que o tempo nos deixou como herança.